quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

o mito do quarto minguante

acordei com vontade de manter-me de olhos bem abertos ao mundo, tentando que a tua sombra nao ofuscasse o meu caminho. eu tento, todos os dias, que a tua voz não me interrompa a atenção, que os teu olhos não se reflictam na imagem de um mar tumultuoso de Inverno. pediste-me que te contasse a forma que o teu corpo tem tomado nos meus sonhos... zangado, de rosto boémio, falas uma língua de bêbedo que me insulta a cobardia. Espetas-me insultos como uma faca no coração e depois partes, a chorar despedidas. e eu, fico sempre à espera do teu perdão solidário, fico à espera inventando formas de contrariar esta história sem fim. Sempre a imaginar-te a afagares-me a culpa.Tudo ficou difícil quando um dia não escolhi o amor.


O amor… queria tê-lo preso ao meu corpo, que não andasse solto, descalço e sem botões no casaco.
Por isto, por tudo, deixa-me chorar. deixa que este calor me atravesse e separe todas as partículas do meu sentir. Que me construa um lugar novo para sonhos e eufemismos onde te veja a sorrir mesmo que a dor seja a única que vislumbres. deixa-me acordar livre ou deixa-me livre para acordar.

com a certeza de que o sol está para lá do poente a iluminar também, outros olhares.




Please let me be
No more no less
Than a beautiful mess