Sento-me e descanso. Contemplo a tua forma nas ondas que varrem os meus desenhos na areia. Deito-me e escuto-te… vais e vens… Vens. Trazes contigo pedras preciosas, verdes e transparentes, pedaços de vidros que o teu corpo com o tempo moldou. Mas eu gosto. Guardo-os como pequenos tesouros.
Escuto-te entre tantos sons e entre(.)tanto, enterro as minhas mãos no teu chão. Quero sentir o teu fundo e daí rasgar-te o medo de beijares a minha boca. Afoga-me na tua sede…
Vais e vens… Vais. E eu vou contigo, sempre que fecho os olhos. Mergulho no teu corpo, sem medo, sem nós e sem sombras e a minha loucura ganha voz para dizer-te: hoje, quero-te para sempre.